sábado, 12 de março de 2016

Pessoal | Histórias de um centro comercial


Hoje fui ao Dolce Vita Tejo porque precisava de comprar umas coisas. Saí de lá a achar que o mundo está perdido (ou relativamente perdido). 
Estava com medo que estivesse muito cheio mas tive (muita!) sorte e até estava circulável. Mas, como a sorte nunca é muita, acho que nunca levei tanto encontrão na minha vida! Há mesmo gente que tem duas palas espetadas na cara à la burrito e não vê por onde anda. Muito menos pedem desculpa! 
A segunda desgraça foi quando me aproximei da Primark. Eu sabia que estava a chegar à Primark porque toda a gente estava carregada daqueles sacos enormes, cheios de coisas. Saí de lá com um saquito dos pequenos, daqueles que nem sequer faz vista, mas muito contente comigo mesma. 
Finalmente, acabei por jantar lá com a minha mãe e percebi (mais uma vez...) porque é que odeio comer em centros comerciais. Aquele barulho de fundo de mil e uma conversas, os talheres, as crianças a gritar, tudo! Mas a minha maior dificuldade é concentrar-me no que estou a comer e com quem estou. Sou cusca por natureza (demasiado, eu sei!) mas não consigo mesmo evitar ouvir as conversas vizinhas. E eu juro que me esforço e me concentro ao máximo para me abstrair mas é impossível, tudo se amplifica e acaba a ser ouvido por mim.


À senhora que não parava de chamar a "Carolina", ao grupo de amigos com 5 filhos a enfardar McDonald's, à rapariga que andava a fazer uma espécie de patrulha e ao senhor que gritava com o filho de (talvez) 3 anos para comer a pizza: menos, senhores, menos! 

2 comentários:

  1. Compreendo o teu desconforto, mas os centros comerciais trouxeram algo de muito positivo para os dias de hoje: podemos encontrar num só lugar uma panóplia de serviços.
    Nos dias que correm, em que o tempo é um luxo de poucos, uma família numerosa que consiga comprar a roupa do filho, fazer as compras de supermercado, ir ao dentista, assistir um filme e fazer uma refeição no mesmo sítio considera ter tido um dia produtivo e passado junto dos que lhe são mais queridos!
    Por isso, acho que não podemos condenar o estilo de vida de quem escolhe os centros comerciais como destino de lazer. São opções. ;)

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    1. Não condeno mas acho que muitas vezes acaba por ser invasão do espaço dos outros. Acho que falta calma e alguma "discrição" a quem frequenta centros comerciais para que não se torne insuportável por lá andar :)

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